Nos seis primeiros meses deste ano, a Secretaria de Estado da Segurança Pública visitou 1.170 unidades de ensino no território alagoano. O balanço foi divulgado pela Chefia de Articulação de Políticas de Prevenção da pasta, que coordena os trabalhos para reforçar os cuidados com a comunidade escolar.
As ações preventivas já desenvolvidas pelas forças de segurança pública, como por exemplo, as promovidas pelo Programa Educacional de Resistência às Drogas e à Violência (Proerd) e pelas Bases Comunitárias, foram intensificadas devido aos casos de grave violência registrados em outros estados da federação.
O trabalho contínuo também vem sendo acompanhado pelo grupo criado pela SSP para realizar pesquisas, coletar dados e sistematizar as informações sobre o ambiente nas escolas. Além da Segurança Pública, outras instituições como a Secretaria de Estado da Educação (Seduc) e a Universidade Federal de Alagoas possuem representantes no observatório.
Para o tenente Alex, chefe de Articulação de Polícia Comunitária da SSP, as ações conjuntas têm sido fundamentais para compreender os fenômenos de violência e também para ajudar, principalmente os gestores educacionais, numa resposta eficiente para cada problema observado.
“Após o primeiro diálogo frente aos impactos violentos causados, temos tido uma ação que contribuiu bastante para o avanço na segurança escolar. Além do observatório, que tem trabalhado primeiro em entender como é hoje o ambiente escolar visando um planejamento coordenado de atividades, nós também instalamos junto à Seduc a Mesa de Situação Escolar, onde mensalmente iremos dialogar com os gerentes e chefes regionais de educação, oferecendo orientações, capacitações e indicando caminhos que podem ser tomados frente aos diversos tipos de casos”, afirmou ele.
O tenente Alex também lembrou que no primeiro semestre, além de visitas e reuniões, sob a coordenação da Chefia Especial de Inteligência da SSP, as forças de segurança realizaram um exercício simulado em duas escolas estaduais de Palmeira dos Índios e Arapiraca, como parte do 7º Estágio do Plano de Defesa de Alagoas. A simulação de um atentado possibilitou o aprimoramento não só do efetivo, mas também dos próprios funcionários das escolas a lidar com ocorrências de alta complexidade.
“Além disso, também estamos planejando mais outro treinamento, que vai servir para a estruturação de um manual de atendimento básico de situações de risco em escolas e será apresentado para as forças de segurança. Tudo isso para capacitarmos nossas tropas a atuarem da forma mais segura possível”, disse o oficial.