O coronel Wellington Bittencourt, comandante-geral da Polícia Militar, afirmou nesta segunda-feira, 24, que a corporação vai apurar as denúncias de truculência em ações de abordagem da PM contra um casal de moradores do bairro do Feitosa, em Maceió.
Ao Cidade Alerta Alagoas, da TV Pajuçara, o coronel Bittencourt ressaltou que um fato uma conduta inadequada não pode generalizar toda a corporação e reforçou que a população deve procurar a Corregedoria em casos de abuso policial. Na denúncia feita à TV Pajuçara, o morador relatou que policiais chegaram a pedir o número do IMEI (International Mobile Equipment Identity), em português: ”Identificação Internacional de Equipamento Móvel”, ou seja, é a impressão digital do aparelho celular.
"Apuraremos à altura. Essa questão do IMEI é até uma brincadeira você querer que alguém diga o IMEI. Eu não sei do meu. É um número muito grande, as pessoas muitas vezes não conseguem gravar o número de CPF. Tem que ter habilidade para abordagem, tem que ter habilidade nas suas ações. Não quero com isso dizer que o policial não tenha que atuar de uma forma mais firme, mais segura. A população sabe que o policial em si, mesmo em ocorrência, é visado, pode sofrer qualquer tipo de agressão, qualquer tipo de ação que venha, inclusive, custar a sua vida, mas que não justifica nenhuma ação que venha partindo da agressão ao cidadão seja onde ele estiver. Pode estar na Ponta Verde ou em qualquer bairro, nas comunidades, tem que ser tratado como cidadão. As ações enérgicas têm que ser indistintas. Volto a repetir: não é por causa de uma ação que podemos macular uma instituição, uma unidade que tem dado resultados excepcionais na apreensão de drogas, armas, retirando de circulação muitos meliantes, diante de uma ação individualizada".
"Me sinto na obrigação de dar essa resposta à imprensa e à sociedade, que tanto respeita a Polícia Militar. Aquela senhora se pronunciou do respeito e do medo, enfim, não precisa ter medo da PM. A PM é uma polícia cidadã. Ela agirá energicamente contra aqueles que atentem contra a vida de outrem ou atentem contra os nossos policiais. Há de convir que ocorrências existem, existem situações que não são reveladas como acontecem. Não estou nesse momento me furtando de admitir que possa ter havido esse erro, mas é importante que tomem as medidas com a verdade acima de tudo, justamente para que possamos sempre elevar o nome da corporação e fazer dela uma corporação amiga da sociedade. Ela está para proteger o cidadão, estar ao lado do cidadão, independente de qualquer situação que possa haver no tocante a classe social. Como comandante que estou hoje, com a certeza e confiança nos meus policiais, fiz questão de falar aqui ao vivo e dizer à comunidade a qual ocorreu esse fato: que as ações serão apuradas. Vi que registraram BO, que tomem as providências para que possamos esclarecer. E deixar bem certo que não existe omissão em ações erradas, mas que a polícia continuará agindo da forma devida e legal de acordo com o que a ocorrência exige. Não estamos aqui para fazer pré-julgamento, nem de quem mora lá, nem do nosso policial, mas sim na obrigação de apurarmos e conduzirmos com a maior clareza, ética e profissionalismo o respeito que temos ao cidadão", completou o coronel.