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24/05/2022 às 17h05min - Atualizada em 24/05/2022 às 17h05min

Denúncia de cirurgia realizada irregularmente por estudantes de medicina é investigada pelo HGE de AL

Denúncia afirma que três alunos de medicina teriam realizado procedimento cirúrgico sem orientação de um médico. Hospital apura se cirurgia ocorreu sem atendimento à lei de estágios.

Por Adja Alvorável
Na imagem é possível ver três pessoas em um centro cirúrgico, identificadas pelo denunciante como estudantes de medicina. FOTO: reprodução

Circula nas redes sociais uma denúncia de que três alunos de períodos iniciais do curso de medicina teriam realizado um procedimento cirúrgico no Hospital Geral do Estado (HGE), na última terça-feira (17), em Maceió. A denúncia acompanha uma captura de tela de um vídeo que teria registrado o momento. 

 

Em nota, a gerência do HGE informou que apura se os estudantes realizaram procedimentos médicos sem atendimento à lei de estágios. O hospital afirmou que os coordenadores das áreas envolvidas e as pessoas supostamente envolvidas foram notificadas para prestar esclarecimentos e que, caso o fato seja confirmado, um procedimento administrativo será aberto. (Leia a nota abaixo)

 

Na imagem é possível ver três pessoas em um centro cirúrgico, identificadas pelo denunciante como estudantes 3° período de medicina da Universidade Federal de Alagoas (Ufal) e do 8º período do Centro Universitário Tiradentes (Unit) e do Cesmac.

 

A resolução de número 1.490/98 do Conselho Federal de Medicina (CFM) dita, em seu artigo 1º, que a composição da equipe  cirúrgica é de responsabilidade do cirurgião titular e "deve ser composta exclusivamente por profissionais de saúde devidamente qualificados".

 

Além disso, o artigo 3º dita que "é lícito o concurso de acadêmico de medicina na qualidade de  auxiliar  e  de  instrumentador  cirúrgico  em  unidades  devidamente credenciadas pelo seu aparelho formador e de profissional de enfermagem regularmente  inscrito no Conselho de origem, na condição de instrumentador".

 

Apesar de o texto da denúncia acrescentar que os alunos estavam acompanhados de um médico, pai de um deles, o denunciante afirma que o profissional não prestou nenhum auxílio aos acadêmicos e estava apenas “sentado”, observando. 

 

“[O médico] não prestou nenhum auxílio ao seu filho com o bisturi elétrico operando e dissecando”, diz o texto.

 

O denunciante ainda relatou que foi intimidado pelo médico. Segundo ele, o profissional teria invadido o local onde estava ocorrendo uma cirurgia de ortopedia na qual o autor da denúncia estava auxiliando.

 

O profissional teria pedido para que o denunciante pedisse desculpas e teria dado um “tapa intimidador” em suas costas.

 

“Foi uma situação vexatória”, conclui no texto.

 

De acordo com a denúncia, também não havia anestesistas nem residentes no centro cirúrgico.

 

Em nota, a Unit informou que começou a apurar o caso, mas adiantou que "a aluna não estava realizando atividades acadêmicas oficiais da instituição durante o fato citado. Que os atos praticados pela aluna fora do horário acadêmico são de responsabilidade da mesma". A Ufal disse que vai aguardar o final das investigações para se pronunciar. Já O Cesmac não se pronunciou.

 

Leia, na íntegra, a nota de esclarecimento do HGE:

 

“A Gerência do Hospital Geral do Estado (HGE) apura a denúncia de que estudantes de Medicina, acompanhados por médicos sem atendimento à lei de estágios, estiveram à frente de um procedimento cirúrgico de maneira irregular. Coordenadores das áreas envolvidas já foram notificados, bem como as pessoas supostamente envolvidas, para prestação de esclarecimentos. Caso o fato seja confirmado, um procedimento administrativo será aberto para responsabilização das pessoas mencionadas nas esferas cabíveis.”

 

Leia, na íntegra, a nota da Unit:

 

"O Centro Universitário Tiradentes - Unit Alagoas, vem a público informar que tomou conhecimento da denúncia realizada e está apurando os fatos, porém em apuração preliminar, foi constatado que a aluna não estava realizando atividades acadêmicas oficiais da instituição durante o fato citado.

 

Que os atos praticados pela aluna fora do horário acadêmico são de responsabilidade da mesma e que o Centro Universitário Tiradentes continuará com a verificação dos fatos e se coloca à disposição para mais esclarecimentos."

 

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