Só em 2020 Jair Bolsonaro emitiu 1.682 declarações falsas ou enganosas, ou seja, mais de quatro por dia. Os dados são do relatório lançado pela Artigo 19 (@artigo19) que mostra ainda os ataques do presidente à imprensa e como o país caiu no ranking de liberdade de expressão. Foram 464 declarações públicas de Bolsonaro, seus ministros ou assessores próximos atacando ou deslegitimando jornalistas.
Suas declarações falsas envolvem desde propaganda à medicamentos sem eficácia comprovada para tratar a covid-19, como a hidroxocloroquina e invermectina, mas também incluem falas combatendo o isolamento social e minimizando o vírus, chamando de "gripezinha".
"Em outros casos, a desinformação vem de indivíduos que ocupam posições relevantes — até mesmo chefes de governo, como Jair Bolsonaro — geralmente por meio de contas pessoais, em vez de oficiais, nas redes sociais. Esses indivíduos isolados podem ter um grande impacto na disseminação da desinformação. O presidente dos Estados Unidos [Donald Trump, que estava no cargo em 2020] foi provavelmente o maior impulsionador da 'infodemia' de informações errôneas sobre a COVID-19 em língua inglesa", diz trecho do relatório