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15/08/2021 às 12h40min - Atualizada em 15/08/2021 às 12h40min

ATAQUE À CULTURA

Paulo Guedes quer vender Palácio Capanema, símbolo da arquitetura moderna brasileira

Por Mídia Ninja
Foto : Mídia Ninja
O ministro da Economia, Paulo Guedes, levará à venda o prédio definido pelo próprio Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional) como símbolo da arquitetura moderna brasileira: o Palácio Gustavo Capanema.

Inaugurado em 1946 como sede do então Ministério da Educação e Saúde do governo Vargas, o palácio está na lista de 2.263 imóveis que integram o feirão que o governo Bolsonaro planeja apresentar à iniciativa privada. Pelos planos originais do governo, esses imóveis seriam postos à venda em abril. Mas sua apresentação só está programada para o fim de agosto, conforme informou reportagem da Folha de São Paulo.

"Pela primeira vez no Brasil, um edifício reuniu as principais características da arquitetura moderna, com o uso de pilotis, planta livre, terraço-jardim, fachada livre e janelas em fita. Somados a eles, também estiveram Burle Marx, Cândido Portinari, Bruno Giorgi, Adriana Janacópulus, Celso Antônio e Jacques Lipchitz, consolidando o time responsável pelas artes integradas, com pinturas, esculturas e paisagismo", afirma o site do próprio governo sobre o edifício.

O valor estimado do Palácio Capanema ainda não foi informado. Na lista estão outros como a rodoferroviária de Brasília, o edifício A Noite, prédio histórico na Praça Mauá no Rio de Janeiro, entre outros.

Em 2015 movimentos e ativistas da cultura ocuparam o Palácio Capanema, à época sede do Ministério da Cultura no Rio de Janeiro, como uma forma de protesto contra a extinção da pasta após o golpe que tirou Dilma do poder.

A venda do Capanema e de outros imóveis icônicos para a história e o patrimônio cultural brasileiro é mais uma prova do desprezo desse governo com a cultura do país e nossas memórias. Artistas e movimentos já começaram a se manifestar contrários à proposta entreguista.

Foto de 2016, quando o ocupação que lutou contra a extinção do MINC foi retirada do Palácio pela Polícia Federal.

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